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Artigos

  • Genocídio e realpolitik

    O Tribunal Penal Internacional acaba de dar passo inédito na garantia de um novo Estado de Direito no mundo global. Considerou criminoso contra a humanidade o Presidente Bashir, do sudão, e determinou a sua prisão. A iniciativa não tem precedente quanto ao governante em exercício e acusado de genocídio. O caso mais próximo é do antigo Chefe de Estado da Iuguslávia, Milosevic, a só de fato ser objeto de detenção e tranferência para Haia, após a sua queda do poder. Foi também como cidadão anônimo, escondido em Belgrado que Radovan Karadzic, da Bósnia-Herzegovina, está hoje na prisão holandesa.

  • O PT de volta às origens

    O encontro nacional do PT no Rio deu mostras da profunda consciência das tarefas partidárias para responder à continuação do governo Lula. A legenda tem noção da perda da juventude, bem como da tarefa de voltar a ser partido de massas e de nítida presença no poder. Mas, sobretudo, o que importa é fortalecer a alternativa de mudança que representa, frente ao pântano do aliancismo.

  • A temática aliança das civilizações

    O Programa da Aliança das Civilizações depara uma circunstância nova no seu horizonte imediato. Ou seja, a do advento do governo Obama, que afasta o recrudescimento da pespectiva americana num fundamentalismo ameaçador em defesa do Ocidente, no seu impacto sobre a "guerra das religiões".

  • A nova face externa do Brasil

    A última reunião da Aliança das Civilizações, em Istambul, deu-nos o horizonte da nova aceleração da história acarretada pelo governo Obama. A volta dos Estados Unidos à sua matriz democrática quebrou de vez as visões de uma globalização hegemônica. E a abordagem, pelo Presidente, das relações internacionais dos Estados Unidos mostra a quão fundo vai esse novo pluralismo do "vis-à-vis" concreto com as regiões e conflitos de nosso tempo. Obana convenceu o mundo do seu propósito de escutar e, ao mesmo tempo, dar o primeiro passo no desarme da "civilização do medo", armada pelo seu antecessor na Casa Branca.

  • O Brasil de Obama

    Realizar-se-á no Brasil, em abril de 2010, o próximo Encontro Mundial da Aliança das Civilizações, das Nações Unidas. É a terceira etapa deste projeto, tão fascinante quanto ambicioso, da Espanha e da Turquia, de buscar o diálogo entre os protagonistas viscerais de um mundo que, após o 11 de Setembro, corria no governo Bush ao confronto das culturas e ao medo internacional sem retorno.

  • O promíscuo perdão de Lugo

    O Presidente Lugo não perde pompa nem páramo ao pedir perdão, frente à paternidade que lhe cobram os tribunais. Justifica-se, invocadas as contradições do processo histórico, e do curso da civilização, e nem faz por menos no exibirmos a sua culpa. E vai a Terêncio, o clássico romano, enquanto, "como homem", não se pode excluir de qualquer pecado. Nem se exila, no que pede o nosso entendimento e tolerência. Omporta menos à opinião pública o quebrar compromissos, e as promessas, do estado religioso, ou leigo, e sim o descaso e desamparo das mulheres e das indigitadas filiações, deixadas ao abandono ou ao silêncio. Ficariam estes lances - não fosse o escândalo - como páginas canceladas na vida do Presidente, que promete a mudança e a redenção do Paraguai.

  • Carisma e sucessão presidencial

    A sucessão presidencial prescinde, hoje, da relação entre Lula e o partido, diante do castigo dos favores públicos que derrubou com o mensalão, o jogo de mediações previsto pela mobilização inicial do petismo. Doutra parte, o carisma não é intrinsecamente da pessoa, mas da saga em que a visão popular não dissocia Lula do "Lula lá".

  • Dilma, a opção é já

    RIO - Vivemos nestes dias ineditismo político de efeitos decisivos sobre o longo prazo do país. A candidatura Dilma deixa de ser um debate de gabinete presidencial, para a chegada de seu nome a uma onda nacional de expectativa e reconhecimento. Qualquer que seja o desfecho de sua permanência, desapareceu a discussão da viabilidade do nome à sucessão de Lula. Haverá, na pior das hipóteses, um candidato pós-Dilma, na acolhida do inconsciente coletivo do país ao que seja a sequência do presente governo.

  • A oposição condenada à mudança

    O que fará o "povo de Lula" diante do novo eleitoral, e a inviabilidade objetiva da continuação do Presidente? O sentimento espontâneo é o dessa dificuldade de transpor-se o apoio à figura do Chefe de Estado, na mecânica madura de uma vida partidária e a transferência para uma fidelidade às legendas do que fosse o aponte pessoal de um sucessor. Continua a impulsão originária deste eleitorado do Presidente, onde pesa a estrita identificação simbólica por sobre qualquer jogo de facções políticas.

  • Os partidos reféns do PAC

    O impacto da candidatura Dilma venceu, de vez, o passo da aceitação definitiva da sua dimensão nacional. Nesta altura não há um pós-Lula, mas um pós-Dilma, na eventualidade de o impredimento da doença se sobrepor ao que agora é um fato consumado diante da opinião pública. Seus desdobramentos, de qualquer forma, não alterarão o rumo da opção profunda, por onde vai o povo de Lula.

  • O novo Brasil e a velha Petrobras

    A iniciativa do PSDB de propor a CPI da Petrobras é o lance necessariamente temerário para marcar a presença da oposição, a largo prazo, na crítica do nosso modelo de desenvolvimento. É, talvez, um paradoxo no sentido de transferir para o problema exausto da inconfiabilidade fiscal da empresa, o debate de fundo, que mal começa, sobre o novo marco regulatório que deverá definir quem explorará as reservas do pré-sal do País.

  • Mudança e curativo social

    O sucesso do PAC na multiplicidade de benefícios concretíssimos trazidos às populações mais desmunidas, torna-se o carro-chefe da nossa política de mudança. Só que corre o risco de ser visto como um adereço, ou um aditivo ao eixo único que é o do nosso desenvolvimento que ganha afinal a sua sustentabilidade. Não se pode assimilar, por exemplo, a uma rede de proteção social envolvendo na mesma teia a melhoria do salário mínimo, o avanço de seus benefícios intrínsecos e localizados, o bolsa-família, o seguro de desemprego ou a agricultura familiar.

  • Ordem e progresso e mudança já

    Os resultados nacionais do semestre evidenciam como sofremos tão menos que o esperado da crise global, não só pela condição de país continental, voltado para o seu mercado interno, quanto pela clara emergência de um modelo  nosso de desenvolvimento. A maturidade do governo Lula está hoje nesta sustentabilidade ganha na mudança, e na acolhida de suas forças criativas, fora dos princípios de uma ortoxia capitalista. Ou do que o governo tucano via como o dogma de uma privatização crescente e benfazeja da economia. Ao optarmos pela prosperidade com inclusão, acolhemos à premissa política, essencial, de todo esse processo, que é a redistribuição imediata da renda nacional.

  • Democracia profunda e autoritarismo radical

    A vitória de Barack Obama acordou um vagalhão histórico pelo desemperro democrático em todo o mundo. Este empenho sacode os fatos consumados dos regimes autoritários, e a volta às ruas no que é, ainda melhor demonstração da vontade popular. Isto é, o visual das marchas à frente do aparato policial e do sangramento do confronto. Não é mais apenas a parada simbólica de um conformismo subsequente, como mostra o poder de aliciamento dos twitters sem descanso.

  • O Supremo, a profissão e o bom selvagem

    O QUE é a liberdade de trabalho reconhecida pela Carta Magna? Igual para todos, ela se assegura pela disciplina que a lei estabeleça. A lei maior garante à sociedade a competência dessa prestação pelo aperfeiçoamento incessante desse “saber fazer”, sem o qual não se pode falar em civilização ou modernidade.