Vilaça ocupava a cadeira 26 da ABL desde 1985 e presidiu a instituição nos biênios 2006-2007 e 2010-2011.
Nascido em Nazaré da Mata, Pernambuco, em 30 de junho de 1939, Vilaça formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde também lecionou Direito Internacional Público e Direito Administrativo. Além de sua atuação acadêmica, ocupou cargos públicos relevantes, como chefe da Casa Civil do Governo de Pernambuco durante a administração de Paulo Guerra (1964-1967) e ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) por mais de duas décadas, presidindo o órgão entre 1995 e 1996.
Como escritor, Vilaça é autor de obras como "Nordeste: Secos & Molhados", "Recife Azul, Líquido do Céu" e "O Tempo e o Sonho". Em parceria com Roberto Cavalcanti de Albuquerque, escreveu "Coronel, Coronéis: Apogeu e Declínio do Coronelismo no Nordeste", considerado um clássico sobre as estruturas de poder na região.
O atual presidente da ABL, Merval Pereira, destacou que "Marcos Vilaça foi, sobretudo, um intelectual público. E daqueles que não viam separação entre o erudito e o popular".
Segundo informações, o corpo de Marcos Vilaça será cremado no Recife, e suas cinzas serão lançadas na Praia de Boa Viagem, atendendo a um desejo compartilhado com sua esposa, Maria do Carmo (falecida em 2015), cujas cinzas também foram depositadas no local.
Matéria na íntegra: https://www.gazetadopovo.com.br/cultura/morre-marcos-vilaca-membro-da-academia-brasileira-de-letras-e-ex-presidente-do-tcu/
31/03/2025