A série “MPB na ABL” de dezembro de 2014 apresentou o espetáculo “Arthur Moreira Lima, de Bach e Chopin a Nazareth e Pixinguinha”. A apresentação foi realizada no dia 10, quarta-feira, às 12h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., 280 lugares, Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. O evento teve ainda a participação do jornalista, musicólogo e historiador Ricardo Cravo Albin. A entrada foi franca.
O show foi transmitido ao vivo pelo portal da ABL e tem patrocínio da Petrobras.
Programa
Bach – Jesus Alegria dos Homens;
Chopin – Polonaise em lá bemol maior Op.53;
Beethoven – Sonata ao Luar;
Radamés Gnattali – Duas Contas, Encontro com a Saudade e Alma Brasileira;
Astor Piazzolla – Adiós Nonino;
Ernesto Nazareth – Odeon; Apanhei-te, cavaquinho; Pássaros em Festa;
Pixinguinha – Carinhoso.
Saiba mais
Arthur Moreira Lima projetou-se internacionalmente no Concurso Chopin de Varsóvia. Laureou-se também nos Concursos de Leeds (Inglaterra) e Tchaikovsky (Moscou). Desde então, tem feito turnês em todos os continentes. Entre as orquestras e os regentes famosos com quem já se apresentou, estão as Filarmônicas de Leningrado, Moscou, Varsóvia, Sinfônicas de Berlim, Viena, Praga, BBC de Londres, National da França, sob a direção de Kurt Sanderling, KiriIl Kondrashin, Mariss Jansons, Serge Baudo, Jesus Lopez-Cobos, Sir Charles Groves, Vladimir Fedosseyev e Rudolf Barshai.
A crítica mundial o considera “extraordinário intérprete do grande repertório romântico” e não tem poupado elogios “à beleza da sua sonoridade e ao seu grande virtuosismo”. A revista La Suisse chamou Moreira Lima de "o Pelé do Piano"; a crítica americana elegeu sua gravação dos Noturnos de Chopin como "o mais importante registro pianístico do ano"; e o famoso crítico londrino Dominic Gill, do Financial Times, escreveu: "Moreira Lima sabe tudo sobre o piano romântico, fazendo seu instrumento falar".
Nascido no Rio de Janeiro, Arthur Moreira Lima começou a estudar piano aos seis anos. Aos nove, tocou um concerto de Mozart com a Orquestra Sinfônica Brasileira. Seus mestres foram Lúcia Branco (Rio de Janeiro), Marguerite Long (Paris) e Rudolf Kehrer (Conservatório Tchaikovsky, de Moscou).
Em seu trabalho de resgate e difusão das raízes culturais brasileiras, Arthur Moreira Lima foi solista da primeira audição do Concerto n. 1 de Villa-Lobos no Japão, Rússia, Áustria e Alemanha. Foi também o pianista que fez reviver a obra de Ernesto Nazareth: gravou um álbum com dois LPs, denominado “Arthur Moreira Lima interpreta Ernesto Nazareth”, considerado pela crítica, à época, 1975, como “o mais representativo da obra do compositor”.
10/12/2014
03/12/2014