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Acadêmico Cícero Sandroni fez na ABL a palestra de abertura do ciclo “Vertentes da literatura brasileira”

 

O Acadêmico, jornalista e escritor Cícero Sandroni fez na Academia Brasileira de Letras a palestra de abertura do ciclo “Vertentes da Literatura Brasileira” – Literatura e jornalismo -, sob coordenação do Acadêmico, jornalista e escritor Antônio Torres. A conferência aconteceu no dia 10 de março, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. A entrada foi franca.

Foram fornecidos certificados de frequência.

O Acadêmico Antonio Carlos Secchin é o coordenador geral dos ciclos de conferências de 2015.

“Vertentes da Literatura Brasileira” terá mais três palestras, sempre às terças-feiras, no mesmo local e horário, com os seguintes dias, conferencistas e temas, respectivamente: dia 17, Luiz Alfredo Garcia-Roza, O romance policial; dia 24, Braúlio Tavares, A ficção científica e o espaço selvagem; dia 31, Fernando Paixão, Poema em prosa: a terceira margem.

O evento foi transmitido ao vivo pelo portal da ABL.

Saiba mais

Sexto ocupante da Cadeira nº 6, eleito em 25 de setembro de 2003, na sucessão de Raimundo Faoro, foi recebido em 24 de novembro de 2003 pelo Acadêmico Candido Mendes de Almeida, Cícero Sandroni, no mesmo ano, foi eleito tesoureiro na Presidência de Ivan Junqueira e, dois anos depois, Secretário-Geral na gestão do Presidente Marcos Vinicios Vilaça. Tomou posse como Presidente da ABL em 13 de dezembro de 2007, eleito pela unanimidade dos seus pares, e exerceu o cargo nos anos 2008 e 2009.

Cícero Augusto Ribeiro Sandroni nasceu na cidade de São Paulo, a 26 de fevereiro de 1935. Cursou a faculdade de Jornalismo (hoje de Comunicação) da Pontifícia Universidade Católica e a EBAP - Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio Vargas, onde foi bolsista.

Em 1954, fez os primeiros estágios em redações de jornais, inicialmente na Tribuna da Imprensa e, em seguida, no Correio da Manhã, onde chegou a chefe da reportagem. Convidado por Odylo Costa, filho, ingressou na redação do Jornal do Brasil, na época da reforma editorial do diário e, ao mesmo tempo, atuou na rádio Jornal do Brasil. Em julho de 1958, transferiu-se para O Globo. Dois anos depois, assumiu a chefia da reportagem política do Diário de Notícias.

Com a instalação do regime militar, em 1964, voltou a trabalhar na Tribuna da Imprensa, e na revista O Cruzeiro. Com Odylo, Álvaro Pacheco e o diplomata Pedro Penner da Cunha adquiriu uma empresa gráfica, de cujas máquinas saíram as duas primeiras edições da revista de contos Ficção, editada com a colaboração de Antônio Olinto e Roberto Seljan Braga. Em seguida, com Pedro Penner da Cunha, fundou a Edinova, editora pioneira no Brasil no lançamento de literatura latino-americana e do nouveau roman francês.

Participou, em 1965, da conferência de jornalistas em Bonn, na Alemanha, que resultou na criação da agência internacional de notícias Interpress Service, da qual foi diretor no Brasil. Naquele mesmo ano, retornou ao Correio da Manhã, onde escreveu a coluna diária “Quatro Cantos”, de oposição ao governo militar.

Com a censura imposta à imprensa após o Ato Institucional nº 5 e o arrendamento do jornal, deixou o jornalismo diário e ingressou em Bloch Editores, onde foi redator-chefe das revistas Fatos e FotosManchete e Tendência. Sob sua direção, esta última recebeu, em 1974, o Prêmio Esso de Jornalismo, na categoria de Melhor Contribuição à Imprensa.

Em 1976, dirigiu a última fase do Jornal de Debates, semanário de política e economia fundado por Mattos Pimenta, que se notabilizara, na década de 50, na luta pela criação da Petrobras. Ainda nesse ano, lançou novamente a revista Ficção. Na segunda fase, em 44 edições, Ficção publicou mais de quinhentos autores brasileiros.

Em 1977, a convite de Walter Fontoura, retornou ao Jornal do Brasil, inicialmente como redator do Caderno B. Em seguida, editou o suplemento literário “Livro” e, de 1979 a 1983, escreveu a coluna “Informe JB”. Em 1984, assinou a coluna “Ponto de Vista”, no jornal Última Hora, com a colaboração do poeta José Lino Grünewald. Nesse tempo, foi um dos primeiros jornalistas a defender a realização de eleições diretas para a presidência da República.

Em 1984, editou o Jornal do País, e, em 1985, escreveu artigos sobre política para a Tribuna da Imprensa. Colaborou com a revista Elle e escreveu resenhas de livros para O Globo. Dez anos depois, em 1994, dirigiu, com Ferreira Gullar e Ivan Junqueira, a revista Piracema.

Editor de Cultura e Opinião do Jornal do Commercio em 1995, afastou-se no ano seguinte para escrever, com Laura Sandroni, a biografia de Austregésilo de Athayde. Voltou ao Jornal do Commercio em 2000, como diretor-adjunto da Redação e participou, com Antônio Calegari, da reforma gráfica que modernizou o jornal. Criou o suplemento cultural “Artes e Espetáculos” e deixou a redação em agosto de 2003 para escrever a história do Jornal do Commercio.

Cícero Sandroni tem participado de vários júris de prêmios jornalísticos notadamente o Esso de Jornalismo, o Prêmio Embratel de Jornalismo e o Prêmio de Jornalismo Científico do CNPq. Na área de literatura, integrou o júri do concurso de contos da revista Ficção, e do Prêmio Goethe de literatura do ICBA. Colaborador de jornais e revistas, tem participado de seminários de jornalismo e literatura e pronunciado palestras sobre aqueles temas em centros universitários.

05/03/2015

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