O corpo do Acadêmico Nelson Pereira dos Santos (o primeiro cineasta a assumir uma cadeira na ABL), foi velado na Sala dos Poetas Românticos, no Petit Trianon, segunda-feira, dia 23 de abril. O sepultamento aconteceu no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
O Acadêmico faleceu sábado, dia 21 de abril, vítima de pneumonia, na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), do Hospital Samaritano, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, onde estava internado desde o dia 12 deste mês.
Durante o velório na ABL, por iniciativa de um grupo de cineastas, entre eles Luiz Carlos Barreto, foram exibidas partes dos filmes de Nelson Pereira dos Santos, principalmente os que têm ligação com a literatura, como “Vidas Secas” e “Memória do Cárcere”, de Graciliano Ramos, “Azylo muito louco”, de Machado de Assis, “Tenda dos Milagres” e “Jubiabá”, de Jorge Amado, “A terceira margem do Rio”, de Guimarães Rosa, e “Boca de ouro”, de Nelson Rodrigues.
Nelson Pereira dos Santos foi eleito para a Academia no dia 9 de março de 2006, na sucessão do Acadêmico Sergio Corrêa da Costa. Tomou posse, como nono ocupante da Cadeira 7, no dia 17 julho do mesmo ano. Foi recebido pelo Acadêmico e jornalista Cícero Sandroni, que encerrou seu discurso de recepção dizendo:
“Agora, senhor Nelson Pereira dos Santos, é hora de dizer ‘Luz, Câmera, Ação’, pois no momento em que o Presidente Marcos Vinicios Vilaça encerrar esta sessão solene, a palavra início deve aparecer sobre a cena a que estamos assistindo. Agora, começa o filme que contará a sua vida”.
Assim que foi informado do falecimento de Nelson Pereira dos Santos, no sábado, Marco Lucchesi determinou o cumprimento de luto de três dias e que a bandeira da Academia seja hasteada a meio mastro.
Nelson Pereira dos Santos deixa viúva a senhora Ivelise, quatro filhos, Nelson, Ney, Márcia e Diogo, e cinco netos, Thalita, Mila, Bruno, Carolina e Gabriel.
21/04/2018