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Artigos

  • Fora da curva

    O presidente do Supremo Tribunal Federal ministro Joaquim Barbosa prepara-se para convocar por volta de 15 de agosto a continuação do julgamento do mensalão dentro de um clima totalmente diferente daquele do final do ano, quando 25 dos 38 réus foram condenados. A tentativa dos advogados de defesa de reabrir o julgamento através dos embargos infringentes parece fadada ao insucesso neste momento em que as ruas se manifestam contra a corrupção e exigem, tanto do Congresso quanto do Judiciário, um tratamento duro no seu combate.

  • Marina, a evangélica

    A queda espetacular de popularidade da presidente Dilma registrada na pesquisa Datafolha de ontem - apenas 30% dos consultados consideram seu governo “bom” ou “ótimo”, contra 57% na primeira semana deste mês - tem reflexos inevitáveis na corrida presidencial. O PSDB tem uma pesquisa nacional que mostra uma reversão de expectativas, com o segundo turno garantido e os adversários do PT tendo a maioria dos votos, embora a presidente Dilma continue à frente.

  • Subiu no telhado

    Além da tentativa tosca de se apropriar da recente popularidade da seleção brasileira afirmando que seu governo “é padrão Felipão”, mesmo que não tenha ido ao Maracanã com receio das vaias, a presidente Dilma continua sem anunciar medida concreta que dependa diretamente do Executivo para mostrar que compreendeu os anseios das ruas.

  • O golpe do PT

    É claro que a reforma política é fundamental para avançarmos no processo democrático, e não é à toa que há anos buscam-se fórmulas para aperfeiçoar nosso sistema político-partidário, responsável principal pelas distorções na atividade política.

  • Plebiscito inviável

    Com elegância e discrição a mineira Carmem Lucia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostrou na nota oficial distribuída após a reunião com os presidentes dos TREs de todo o país os empecilhos, legais e políticos, para a realização do plebiscito sobre a reforma política, que na prática o inviabilizam. E ainda, citando o também mineiro poeta Carlos Drummond de Andrade, advertiu para os perigos da caminhada: “Cuidado por onde andas, pois é sobre meus sonhos que caminhas".

  • Não entenderam

    Nada ilustra mais exemplarmente o que as ruas estão criticando do que o uso de um avião da FAB para trazer ao Rio no último fim de semana parentes e amigos do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves para assistirem ao jogo do Brasil na final da Copa das Confederações. Ele desculpou-se, admitindo que errara ao dar carona a parentes, mas alegando ter direito a avião da FAB por que teria um almoço de trabalho com o Prefeito do Rio Eduardo Paes.

  • O fato e a versão

    A mais recente trapalhada do Palácio do Planalto mostra bem como o governo Dilma está perdido na busca de aparentes respostas rápidas às manifestações populares. Depois de recuar em 24 horas da convocação de uma Constituinte exclusiva para realizar a reforma política, foram necessárias apenas quatro horas para que recuasse da realização do plebiscito para valer já em 2014 e voltasse atrás do recuo.

  • Negri e Chavez, tudo a ver

    Uma das mais importantes contribuições à integridade da democracia brasileira foi dada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na nota oficial em que mostrou a impossibilidade de realizar o plebiscito sobre reforma política em tempo de obedecer aos prazos legais estabelecidos pela Constituição para valer na eleição de 2014.

  • Marina, a equilibrista

    A ex-senadora Marina Silva, que vem despontando como a grande beneficiada das manifestações “contra tudo o que está aí”, principalmente os políticos, tem nas ruas dois dos três segmentos detectados por seus analistas como sendo a base de sua votação de cerca de 20% dos votos em 2010: a classe média “iluminista” e a garotada das redes sociais.

  • Descaminhos do governo

    Quem está perdido não escolhe o caminho. Na ânsia de dar respostas aos anseios das ruas, a presidente Dilma se embrenha pelo perigoso caminho de tentar jogar sobre terceiras pessoas a responsabilidade pelas carências dos serviços públicos brasileiros, quando não busca respostas diversionistas para apresentar soluções fáceis para questões complexas.

  • Juízo é bom

    O plebiscito morreu, viva a reforma política. Se tiverem juízo, os políticos não darão por encerrado o assunto e tratarão de alcançar um consenso, inatingível nos anos anteriores, para reformar os sistemas eleitoral e partidário hoje vigentes, que favorecem o distanciamento entre o eleitor e o eleito, dando a sensação ao cidadão de que não está representado pelo Congresso e os partidos que nele atuam.

  • O fator Lula

    Na medida em que a fragilidade política da presidente Dilma vai ficando evidente, a expectativa de poder do PT e de partidos aliados transfere-se preferencialmente para o ex-presidente Lula, que está calado em público, mas agindo nos bastidores, dizem as boas almas para fortalecer a presidente Dilma. Os céticos vêem na ação do ex-presidente manobra para garanti-lo como a alternativa de poder quando chegar o momento certo.

  • Mal-entendido fatal

    O presidente da seção do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Felipe Santa Cruz nega que tenha feito um pacto com o comandante da Polícia Militar para que não fosse usado gás lacrimogêneo ou bombas de dispersão nas manifestações, mas admitiu que fez “algumas ponderações”.

  • Jogo zerado

    As pesquisas eleitorais continuam registrando a mudança de patamar para baixo dos índices de popularidade da presidente Dilma, aparentemente tendo como piso a média de 30% do eleitorado, que representa o eleitor cativo do PT. Antes de ampliar sua base eleitoral fazendo acordos políticos e transformando-se no personagem “Lulinha Paz e Amor” criado pelo marqueteiro Duda Mendonça, o ex-presidente Lula também atingia sempre essa faixa do eleitorado, e não conseguia vencer uma eleição.

  • Proselitismo religioso

    Pelo menos no seu primeiro pronunciamento em solo brasileiro o Papa Francisco não deu margem à politização de sua mensagem, como esperavam o governo brasileiro e os católicos ligados à Teologia da Libertação. Ao contrário da presidente Dilma, que aproveitou a ocasião para fazer um discurso de cunho eminentemente político, com auto-elogios aos 10 anos de governo do PT, o Papa ateve-se à exaltação da força dos jovens, tema específico da Jornada Mundial da Juventude: "Cristo bota fé nos jovens e confia-lhes o futuro e sua própria casa. E também os jovens botam fé em cristo", garantiu o Papa na cerimônia de boas-vindas no Palácio Guanabara.