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Artigos

  • Sem revanchismos

    O advogado e escritor pernambucano José Paulo Cavalcanti Filho tem bons motivos para estar feliz: foi indicado para compor a Comissão da Verdade, e seu livro, uma formidável biografia do poeta português Fernando Pessoa, tida como uma (quase)autobiografia no título por utilizar os próprios poemas para contar a vida de Pessoa, está em primeiro lugar na lista dos mais vendidos em Portugal.

  • Novas fitas na CPI

    A Comissão Parlamentar de Inquérito Mista que investiga as relações do mafioso Carlinhos Cachoeira com políticos, empresas e órgãos do Estado entra em sua segunda semana com a perspectiva de receber novas levas de fitas registrando mais conversas do senador Demóstenes Torres com  integrantes do grupo.

  • O clube do Nextel

    Um balanço dos depoimentos dos delegados das Operações “Vegas”, Raul Alexandre Marques e “Monte Carlo”, Matheus Mella Rodrigues à CPMI do Cachoeira, mostra para onde essas investigações podem ir, pois eles nada mais fizeram do que reproduzir o que está na íntegra dos inquéritos que comandaram. O deputado Chico Alencar, que participa da Comissão na qualidade de líder do PSOL, chama a atenção para um fato: existem nada menos que 60 números em série de aparelhos Nextel, relação que a Polícia Federal ficou de enviar à CPMI, assim como das pessoas que ligavam para esses números.

  • Fogo brando

    O bom senso se impôs e a CPI do Cachoeira desistiu de uma disputa vã em torno da convocação do procurador- geral da República Roberto Gurgel, substituindo- a por uma série de perguntas que devem esclarecer oficialmente o mal-entendido sobre o processo contra o senador Demóstenes Torres e suas relações com o mafioso Carlinhos Cachoeira.

  • Modelo chinês

    Além do Instituto de Filosofia, outro departamento da Academia de Ciências Sociais de Xangai participou do seminário sobre as relações da China com a América Latina realizado ontem aqui em Xangai: o Instituto de Marxismo Chinês, cujo sentido deu o tom das palestras dos vários scholars chineses.

  • Otimismo e cautela na China

    O professor Chen Changshen, do Instituto de Filosofia da Academia de Ciências Sociais de Xangai, fez no seminário promovido em conjunto com a Academia da Latinidade uma análise muito aguda da situação atual da China, partindo da constatação de que a globalização é a principal tendência e a ideologia dominante em nosso tempo.

  • Em busca de espaço

    O fenômeno da globalização continua sendo o centro das discussões, agora no seminário da Academia da Latinidade aqui em Pequim, realizado na Universidade Tsinghua — uma das melhores do mundo —, e um contraste interessante surgiu logo no primeiro dia de debates, com os analistas chineses tendo uma visão mais favorável do que a maioria dos ocidentais. O professor Walter Mignolo, diretor do Centro de Estudos Globais e Humanidades da Universidade Duke e professor visitante na City University de Hong-Kong, tem uma visão negativa do fenômeno da globalização, que analisa em seu novo livro, "The darker side of Western modernity" (_"0 lado mais escuro da modernidade ocidental" em versão livre).

  • A vez da cultura

    Uma das preocupações mais sentidas entre os estudiosos chineses nestes dias de seminários aqui em Pequim, que já havia ficado registrada nos debates em Xangai, é fazer com que o mundo ocidental conheça a genuína cultura chinesa e entenda o espírito de seu povo.

  • Li Xing

    A crise política que se abateu sobre o Partido Comunista chinês em março, quando uma de suas principais estrelas, Bo Xilai, que comandava a megacidade Chongqing, foi afastado, tem origem em uma disputa em torno da relevância de uma característica subjetiva chinesa que faz parte hoje do ideário do Comitê Central, resgatada nos últimos anos depois de ter sido menosprezada pelo camarada Mao e sua Revolução Cultural, que Bo Xilai queria reviver como parte de um projeto politico oposto ao que está em vigor no país há 30 anos.

  • O B e o C

    Como não podia deixar de ser, o papel dos BRICS no cenário mundial foi tema recorrente em várias palestras no encontro da Academia da Latinidade que terminou na sexta-feira aqui em Beijing. Entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na visão do secretário-geral da Academia, o cientista político Cândido Mendes, os poderes emergentes se diferenciam, a começar pelo fato de que existem quatro nações em desenvolvimento e a Rússia “em franca regressão”. Dentre eles, há o protagonismo de Brasil e China, a situação brasileira reforçada pela política externa “de afirmação de independência” no Oriente Médio, de avanço nas ações africanas, mas, sobretudo, segundo ele, de “descontextualização da antiga moldura latino-americana”. Para Cândido Mendes, o Brasil entra nessa globalização não hegemônica que se desenha com parceiros que seriam impensáveis há 20 anos, e nesse quadro o protagonismo de Brasil e China pode ser constatado na expansão das atividades dos dois, e na consequente competição, na África.

  • Fatos e versões

    Não são apenas as versões do encontro do ex-presidente Lula com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, no escritório do ex-ministro do Supremo e do governo Lula Nelson Jobim que estão desencontradas. O próprio encontro em si não poderia ter acontecido se vivêssemos em um país sério.

  • O papel da mídia

    Nos últimos dias tive a oportunidade de falar sobre o papel da imprensa em situações diversas: ontem, na Academia Brasileira de Letras, encerrei o ciclo de palestras coordenado pelo acadêmico Affonso Arinos de Mello Franco sob o tema geral de "Eleições e reflexões", falando sobre "os direitos e deveres" da mídia.

  • Sobriedade

    Só não há uma crise institucional no país porque a presidente Dilma está tratando a disputa entre o ex-presidente Lula e o ministro do Supremo Gilmar Mendes de maneira equilibrada, sem envolver o governo. Da mesma maneira, o presidente do Supremo, Ayres Britto, está cuidando de não dar ao fato a dimensão que ele realmente tem, na tentativa de esvaziar suas consequências.

  • Estratégias

    O que a proximidade de um julgamento não faz. Nos últimos dias, temos visto réus de variados calibres procurando espaços políticos para, se não angariarem votos favoráveis, pelo menos não acirrar os ânimos de seus futuros julgadores.

  • Com Chávez e Correa

    Depois de ter bloqueado na Unesco o Plano de Ação das Nações Unidas para proteção de jornalistas e contra a impunidade nos crimes contra esses profissionais, em companhia de Índia e Paquistão, o Brasil tende a apoiar na Assembleia da Organização dos Estados Americanos (OEA) que começa amanhã na Bolívia um plano urdido por Equador e Venezuela para tirar a autonomia da Relatoria de Liberdade de Expressão daquele organismo, afetando grandemente o sistema interamericano de direitos humanos, que, segundo os especialistas, é exemplo invejado por outras regiões do mundo.