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O que Devo a Ubiratan
Agradam-me as memórias híbridas de Ubiratan D’Ambrósio. Não havendo narrador onisciente ou, no caso das memórias, editor/revisor, inclinado à ficção da matéria rediviva, despontam várias formas de entrar e sair.
Agradam-me as memórias híbridas de Ubiratan D’Ambrósio. Não havendo narrador onisciente ou, no caso das memórias, editor/revisor, inclinado à ficção da matéria rediviva, despontam várias formas de entrar e sair.
A polêmica frase do ministro da Economia Paulo Guedes, representante do Brasil no Fórum Econômico Mundial, afirmando que as queimadas da Amazônia são provocadas pela necessidade de se alimentar dos brasileiros que vivem na região, é uma derivação do que já disse o presidente Jair Bolsonaro: “As queimadas são uma questão cultural”.
O ministro da Economia Paulo Guedes começou bem seu périplo internacional para vender a imagem do governo brasileiro, com uma palestra magna num jantar no Instituto Hoover, da Universidade Stanford, organizado pela Mont Pelerin Society, grupo que reúne economistas e intelectuais liberais de diversas partes do mundo.
O ministro da Economia Paulo Guedes começou bem seu périplo internacional para vender a imagem do governo brasileiro, com uma palestra magna num jantar no Instituto Hoover, da Universidade Stanford, organizado pela Mont Pelerin Society, grupo que reúne economistas e intelectuais liberais de diversas partes do mundo.
Desde que começou sua carreira, aos 14 anos, Regina Duarte tem diante de si agora, aos 72, o papel mais difícil de sua vida. Tudo indica — escrevo de véspera — que ela vai aceitar o cargo para o qual foi convidada pelo presidente Jair Bolsonaro. Ficou de dar a resposta oficial hoje e, por via das dúvidas, os dois recorreram à velha metáfora do casamento: estão noivos.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões, mas continua fingindo para seus eleitores que era obrigado a sancionar, não poderia veta-lo, pois corria o risco de ser impedido por crime de responsabilidade. Não é verdade, mas ele quer sempre passar a ideia de que é um político “fora da caixa”.
Sensatez em uma área não é incompatível com sanidade em outra. É possível apoiar o combate a milícias e querer a privatização da Cedae, por exemplo. Ser de centro esquerda e defender votos dissidentes como o de Tabata no caso da Previdência e o de Freixo no pacote anticrime.
Era só o que faltava para que a imagem do Brasil, que já é péssima aqui no exterior, ficasse ainda pior. A leniência com que o governo Bolsonaro trata a questão ambiental como um todo, e as queimadas da Amazônia em particular, já provocaram protestos e crises internacionais, e continuam em debate na Europa.
Em 1966, ao assumir o Governo do Maranhão, constatei de que não podíamos debitar somente aos governadores, meus antecessores, a situação de bagunça em que estava a administração do Estado.
Com a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) ministro Dias Toffoli de adiar em seis meses a implantação do sistema do juiz de garantias, que dividiria com o juiz de sentença os processos, não apenas verifica-se que não há condições de incluir essa nova figura sem uma ampla reorganização do sistema judicial brasileiro.
A vida não precisa ser complicada o tempo inteiro. Num desses encontros de começo de ano, Dora elogiou o vestido de Magali. Feliz, esta comentou: “Sabe que tenho há seis anos? É a vantagem de comprar coisa boa”.
A proibição de que juízes de primeira instância decretem medidas cautelares contra deputados e senadores é uma excrescência que está sendo planejada nos bastidores para completar uma tempestade perfeita na política brasileira que fará com que a impunidade volte a prevalecer.
Assim como foi um golpe político negativo para o governo Bolsonaro o anúncio, no ano passado, de que os Estados Unidos estavam apoiando a entrada da Argentina na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em detrimento da promessa feita de apoio ao Brasil, hoje, com a mudança de planos de Trump, também o governo Bolsonaro tem seu momento de vitória política.
É possível que “Democracia em Vertigem”, o documentário de Petra Costa incluído entre os finalistas do Oscar de melhor documentário, saia vencedor em fevereiro.
O governo Bolsonaro tem o que comemorar: o ministro da Educação, Abraham Weintraub, não atropelou a gramática sequer uma vez nos últimos dias. Ao prometer “tirar o Brasil do fundo do poço no Pisa”, ele escreveu “poço” corretamente, não “pôsso”.